A população idosa costuma ser mais vulnerável a doenças infectocontagiosas – e com a COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus, não é diferente. A Organização Mundial de Saúde (OMS) coloca os mais velhos entre os mais suscetíveis e entre aqueles afetados pelos maiores índices de letalidade.
Isso acontece porque a baixa imunidade faz dessas pessoas mais vulneráveis à ação do vírus e a complicações decorrentes dele, como síndromes respiratórias agudas graves. Um Estudo do Centro para a Prevenção e Combate a Doenças da China analisou casos no país, tomando exemplos do mês de fevereiro, e identificou que a taxa de mortalidade avança conforme a idade.
Pelas informações sobre a progressão da doença até agora, homens idosos, pessoas com problemas respiratórios (asma, ex-fumantes) e com doenças crônicas (problemas cardíacos, diabetes, câncer, baixa imunidade) estão mais suscetíveis a manifestações mais graves.
Diversos fatores colaboram para que esse grupo seja mais afetado que a população em geral. O sistema imunológico dos idosos costuma ser deficiente por causa da idade. Os pulmões e mucosas, por exemplo, tornam-se mais frágeis e vulneráveis a doenças virais. Mesmo as vacinas tomadas na juventude já não são tão eficazes, portanto há menos anticorpos no organismo.
Além disso, a pessoa idosa costuma engasgar e aspirar mais, inclusive levando mais a mão à boca, aumentando o risco de contágio. Assim como vai para hospitais com mais frequência, ficando mais exposto a micro-organismos
Ao falar na Comissão Geral da Câmara dos Deputados na última quarta-feira (11), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, destacou a atenção necessária a esse público. “O maior grupo de risco é formado pelos idosos e doentes crônicos. Estes é o grupo que queremos superproteger. Quando jovens ganham imunidade, o vírus cai. Quanto menos pessoas idosas e com doenças crônicas tivermos, menos usaremos os sistemas hospitalares”, destacou.
No Brasil, o número de mortes por Covid-19, doença relacionada ao novo coronavírus, subiu para 57, conforme atualização do Ministério da Saúde publicada nesta quarta-feira (25). Do total das mortes, 48 foram em São Paulo, seis no Rio de Janeiro, uma no Amazonas, uma no Rio Grande do Sul e uma em Pernambuco. Os casos confirmados aumentou para 2433 casos.
Desafios na saúde: qual estratégia sua empresa pode usar para enfrentá-los?
Covid-19: Porto Alegre restringe circulação de maiores de 60 anos
Governo de SP determina quarentena em todo o Estado
Como os idosos podem se proteger?
- Tome as precauções diárias, como evitar contato próximo desprotegido com alguém desenvolvendo um resfriado ou sintomas de gripe;
- Limpar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos, principalmente depois de assoar o nariz, tossir ou espirrar ou estar em um local público;
- Prestar atenção aos possíveis sintomas do COVID-19, incluindo febre, tosse e falta de ar.
- Na medida do possível, evite tocar em superfícies de alto toque – botões do elevador, maçanetas, corrimãos, etc. Use um lenço de papel ou sua manga para cobrir sua mão ou dedo, se precisar tocar em alguma coisa.
- Evitar tocar o rosto, nariz, olhos.
- Evitar multidões, especialmente em espaços com pouca ventilação. O risco de exposição a vírus respiratórios pode aumentar em ambientes fechados e com pouca circulação de ar.
- Evitar viagens
- Mantenha contato com outras pessoas, caso haja necessidade de ajuda.
- Se você desenvolver sinais de alerta de emergência para COVID-19, procure atendimento médico imediatamente.
- Cozinhe bem a sua comida especialmente as carnes.