
A Itália registrou 627 mortes relacionadas ao novo coronavírus nesta sexta-feira (20), anunciaram as autoridades. Com isso, o número de vítimas de Covid-19 no país chegou a 4.032, tendo um aumento de 18,4% – a quantidade é a maior já registrada em 24 horas desde o início do contágio.
Um dia antes, na quinta-feira (19), o país europeu havia ultrapassado a China com a maioria das mortes por doenças respiratórias altamente contagiosas. Segundo balanço da Agência de Proteção Civil, a quantidade de infectados pela doença é de 47.021, sendo 37.860 casos ativos, 5.129 recuperados e 2.655 em terapia intensiva. A região da Lombardia, no norte do país continua sendo a mais afetada pela doença, com 22.264 casos.
O Instituto Nacional de Saúde (ISS), órgão subordinado ao Ministério da Saúde da Itália e que monitora a emergência, analisou que a idade média dos que morreram era de 78,5 anos, com a vítima mais jovem com 31 anos e a mais velha com 103 anos. A idade média era de 80 anos. Cerca de 41% das vítimas tinham entre 80 e 89 anos, já a faixa etária entre 70 e 79 anos representava mais 35%.
A Itália tem a população mais antiga do mundo depois do Japão, com cerca de 23% das pessoas com mais de 65 anos. Especialistas em medicina dizem que esses dados demográficos podem explicar por que o número de mortes aqui é muito maior do que em qualquer outro lugar do mundo.
O relatório da ISS, baseado em uma pesquisa com 3.200 mortos, disse que os homens representam 70,6% das mortes e as mulheres 29,4%. A idade média para as mulheres que morreram foi de 82 contra 79 para os homens. Em comparação, a idade média dos que apresentaram resultado positivo para a doença foi de 63 anos.
Uma análise mais profunda de 481 dos falecidos mostrou que quase 99% deles estavam sofrendo de uma ou mais condições médicas antes de pegar o vírus. Cerca de 48,6% apresentavam três ou mais patologias anteriores.
Foto: ANSA / EPA