A dengue é uma doença infecciosa febril aguda. O vírus da dengue apresenta quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Eles são classificados como arbovírus, o que significa que normalmente são transmitidos por mosquitos.
No Brasil, a dengue é transmitida por um mosquito fêmea infectado da espécie Aedes aegypti. A doença, que tem um padrão sazonal, pode apresentar manifestação clássica ou a forma considerada hemorrágica, o que depende de alguns fatores, como o vírus envolvido, infecção anterior pelo vírus da dengue e fatores individuais como doenças crônicas – diabetes, asma brônquica e anemia falciforme.
A incidência global da dengue, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cresceu drasticamente nas últimas décadas. Aproximadamente metade da população mundial está em risco de contrair a doença. Nas Américas, a OMS estima que cerca de 500 milhões de pessoas correm o risco de contrair dengue.
Sintomas
A dengue pode afetar bebês, crianças e adultos. A infecção pode ser assintomática ou manifestar sintomas brandos ou graves. As manifestações mais comuns de sintomas são:
- febre alta – acima dos 38°C;
- dor atrás dos olhos;
- mal-estar;
- falta de apetite;
- dor de cabeça;
- dores musculares e nas articulações;
- manchas vermelhas no corpo.
Quando a doença progride para a forma grave (dengue hemorrágica), os sintomas incluem:
- falta de ar;
- sangramentos – nariz e gengivas;
- dor abdominal;
- vômitos;
- choque – por extravasamento de plasma;
- disfunções de órgãos.
Neste caso, o paciente necessita de atendimento médico de emergência, pois as complicações podem ser fatal. De acordo com o Ministério da Saúde, a fase crítica da doença tem início com o declínio da febre, entre o 3° e o 7° dia do início de sintomas.
Os sinais de alarme, quando presentes, ocorrem nessa fase. A maioria deles é resultante do aumento da permeabilidade capilar. Essa condição marca o início da piora clínica do paciente e sua possível evolução para o choque. Por isso é fundamental buscar atendimento médico o quanto antes.
Diagnóstico e tratamento
Para o diagnóstico da dengue, além dos sinais e sintomas apresentados pelo paciente, em geral, são realizados exames laboratoriais específicos, como isolamento viral por inoculação em células e o teste sorológico para dengue.
Não existe um medicamento específico para o tratamento da dengue. O tratamento, segundo o Ministério da Saúde, leva em consideração os sinais e sintomas apresentados pelo paciente, assim como no reconhecimento precoce dos sinais de alarme. Em geral, as recomendações são:
- Repouso relativo, enquanto durar a febre;
- Ingestão de líquidos, principalmente água, chás, sucos ou soros caseiros – é fundamental que o paciente fique hidratado;
- Administração de fármacos para aliviar a dor ou febre;
- Não usar medicamentos com ácido acetilsalicílico em suas composições.
Nos casos em que o paciente apresenta sinais de alarme ou quadros graves da doença, é necessária a internação hospitalar para receber o tratamento clínico adequado.
Prevenção
A principal forma de prevenir a dengue é combatendo os focos de acúmulo de água parada em objetos como pneus, vasos de plantas, garrafas, caixas d’água, entre outros. Essa medida é fundamental para evitar a reprodução do mosquito transmissor. Além disso, demais medidas podem ser tomadas como:
- Passar repelente diariamente nas regiões expostas do corpo;
- Proteger partes expostas do corpo em épocas de epidemia usando calça e camisa de manga comprida;
- Usar telas de proteção em janelas e portas;
- Utilizar mosquiteiros sobre a cama;
- Evitar frequentar locais com epidemia da dengue.
Foto: Breno Esaki/Saúde-DF
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