A febre amarela é uma infecção viral aguda, causada por um vírus que é transmitido aos humanos por meio da picada de mosquito infectado, podendo levar à morte. A doença é dividida em dois ciclos de transmissão:
Febre amarela silvestre: transmitida pelo Haemagogus, um mosquito que vive em florestas, por isso a transmissão é mais comum em macacos. Atualmente, segundo o Ministério da Saúde, a febre amarela silvestre é uma doença endêmica no Brasil , sendo comum na região amazônica.
Febre amarela urbana: transmitida pelos Aedes aegypti e Aedes albopictus. No entanto, desde o início da vacinação contra a febre amarela, o Brasil não registra há décadas casos desse tipo. O Ministério aponta que os casos confirmados desde então decorrem do ciclo silvestre de transmissão.
Dados epidemiológicos da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) indicam que em 2018 cinco países das Américas notificaram casos confirmados de febre amarela, incluindo o Brasil.
Sintomas
Os sintomas variam conforme a gravidade da doença. As principais manifestações de sintomas são:
- febre;
- dor de cabeça intensa;
- náuseas e vômito;
- calafrios;
- dores no corpo;
- fadiga e fraqueza;
Em estágios mais graves da doença, os sintomas incluem:
- icterícia – pele e olhos amarelados;
- Febre alta;
- hemorragias – gengivas, nariz, estômago, intestino e urina.
Na maioria dos casos, o paciente melhora após os sintomas iniciais. A Opas, no entanto, estima que uma pequena parcela (15%) de pacientes que contraem o vírus desenvolve sintomas graves. Quando a doença chega a esse estágio, aproximadamente metade dos pacientes vão a óbito.
Diagnóstico e tratamento
Ao apresentar os sintomas, é fundamental que o paciente procure atendimento médico. O profissional irá avaliar os sintomas apresentados pelo paciente, além de solicitar exames específicos que são necessários para diagnosticar a doença.
Não há um medicamento específico para combater o vírus da febre amarela, e a maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunidade permanente contra a febre amarela. O tratamento, que é sintomático e sob hospitalização, consiste em repouso, reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando necessário.
O acompanhamento deve ser realizado por um profissional da área da saúde, e o médico deve estar alerta para quaisquer indicações de um agravamento do quadro clínico. Em casos graves, o paciente deve ser atendido numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Prevenção
A vacina é a principal forma de prevenir e controlar a febre amarela. O imunizante, ofertado no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS), consiste em um esquema vacinal de dose única, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). O Ministério da Saúde ressalta que toda pessoa que reside em Áreas com Recomendação da Vacina contra febre amarela e pessoas que vão viajar para essas áreas deve se imunizar.
Ainda conforme a pasta, o imunizante encontra-se disponível durante todo o ano nas unidades de saúde. Ao se deslocar para áreas consideradas de risco de exposição, é necessário se imunizar pelo menos 10 dias antes do deslocamento, principalmente, para aqueles que nunca foram imunizados.
Além disso, evite a proliferação dos mosquitos transmissores da doença realizando algumas medidas simples, como:
- não deixar água parada em pneus, pratos de plantas e demais recipientes que acumulam água;
- manter caixas d’água cobertas;
- desentupir calhas;
- guardar garrafas com a boca para baixo.
Foto: Freepik
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